Celebração do aniversário terá evento especial com lideranças, associados e funcionários nesta sexta-feira
A Cooperativa de Agricultores e Agroindústrias Familiares de Caxias do Sul (CAAF) completa, nesta semana, 12 anos. Embora jovem, cumpre papel importante no cenário agrícola da região. A cooperativa é formada por pequenos agricultores familiares (produtores de hortaliças, frutas e agroindustrializados) que encontraram no cooperativismo uma maneira de organizar a produção e a comercialização para mercados institucionais, principalmente relacionados à alimentação escolar e a quartéis, hospitais e programas sociais.
A história da CAAF começou em 2009, quando a Lei Federal 11.947 instituiu a obrigatoriedade de que pelo menos 30% da alimentação das escolas públicas fosse fornecida pela agricultura familiar. Cerca de 30 produtores caxienses se mobilizaram e criaram a Associação de Agricultores Familiares de Caxias do Sul. Um ano depois, em 10 de novembro de 2010, foi fundada a Cooperativa CAAF.
Para lembrar essa data, será realizado nesta sexta-feira, dia 11 de novembro, na sede da CAAF, um evento especial, no fim da tarde, com palestra e confraternização para lideranças, associados e funcionários da cooperativa.
Evolução
“A CAAF surgiu em função de uma política pública e hoje atende mercados institucionais, com inovação, gerando trabalho e renda. Foi criada porque os associados enxergaram uma oportunidade de se inserirem em um novo mercado. A legislação federal era uma novidade para o grupo e, com o passar do tempo, inovamos e criamos estrutura e condições para expandir o atendimento além de Caxias do Sul”, relembra o presidente da CAAF, Leonar Seefeeld, um dos agricultores associados-fundadores da cooperativa.
Atualmente, a Cooperativa conta com cerca de 300 famílias associadas, de Caxias do Sul e região. As hortaliças, frutas e produtos agroindustrializados dos cooperados são destinados à alimentação escolar das redes estadual e municipal de 23 municípios do Rio Grande do Sul, quatro de São Paulo e três no Paraná. No Rio Grande do Sul, são cerca de 1.300 pontos de entrega de alimentação escolar abastecidos pela CAAF, semanalmente. Os alimentos também atendem 32 quartéis localizados nas regiões da Serra, Metropolitana e na Fronteira, além de quatro hospitais.
“Hoje vemos que a cooperativa está cumprindo com o papel dela, de transformar a realidade dos associados, buscando novas oportunidades de mercado”, diz Leonar.
Expansão
“A CAAF entendeu a necessidade do mercado e soube inserir-se no radar do mercado institucional, atendendo escolas, prefeituras, quartéis e hospitais. A cooperativa superou a crise de 2016 e a pandemia da Covid-19. Passou pela crise com inovação e cooperação”, observa o gerente administrativo, Marcos Regelin.
O gerente explica o crescimento evidenciando números. A maçã, por exemplo, um dos mercados em expansão na Cooperativa, deve atingir até o final deste ano, a venda de 1,2 milhão de quilos. E, para 2023, a expectativa é crescer mais 30%. A fruta cultivada pelos agricultores da CAAF hoje chega às escolas, e, também, a hospitais. Além do mercado gaúcho, a maçã abastece a alimentação escolar em mais de 450 escolas de São Paulo, além de instituições de ensino no Paraná.
Estrutura
A conquista de novos mercados demandou a ampliação de espaço físico da organização. A CAAF iniciou, em 2020, o fornecimento de alimentos higienizados e minimamente processados para hospitais. Esse projeto possibilitou a criação de um agroindústria própria, construída em 2021, com equipamentos que permitem agilidade e padrão dos produtos. Por meio de licitações, em 2022, com um ano de funcionamento, a agroindústria já forneceu 125 mil quilos de alimentos higienizados e minimamente processados, principalmente para hospitais.
A demanda do mercado também fez ampliar o número de funcionários. Hoje a cooperativa opera com 45 colaboradores, sendo 15 novas vagas criadas em 2022.
“Seguimos com o objetivo de abrir espaços para nossos agricultores associados. Nos orgulha o que realizamos até aqui e sabemos que temos o compromisso de aprimorar cada vez mais o nosso trabalho”, destaca Leonar.